Lidos de Setembro

 Olá Estrelinhas, como vão? Bem, eu parei de postar resenhas literárias — e qualquer conteúdo literário de outrem — no Instagram, como já disse, queria abandonar a rede social. Mas, como redes sociais, infelizmente, se tornaram algo imprescindível hoje em dia, principalmente para artistas compartilharem seus trabalhos (quem dera eu fosse uma artista profissional ks), resolvi que continuarei lá, só que com menos frequência. Além do mais, só irei compartilhar conteúdos sobre meus desenhos, pinturas, trabalhos, textos, etc. Algo um pouco mais pessoal, se é que me entendem. Então, se quiserem acompanhar meu trabalho por lá, sigam @luadouradajenn.

E para não sentir essa obrigação de postar conteúdos literários por lá, farei algumas resenhas, vez ou outra, por aqui, sem pressão. Pois falar sobre livros é algo que eu amo fazer. Ademais, sinto que aqui é um lugar muito melhor para escrever resenhas do que o Instagram, no momento. Afinal, o Instagram é mais focado em fotos e quando postamos resenhas por lá, o tamanho de caracteres é limitado. Não quero me sentir limitada e ter de recorrer aos comentários para minha resenha, quero que os limites não existam quando se trata de escrever.

Sendo assim, vamos lá, para os livros lidos desse mês!

Veda — O Agora e o Que Vem Depois


Eu não sou uma pessoa muito religiosa, contudo, acredito que exista algo entre nós que ainda não temos o conhecimento, chame de Deus, fonte universal, sorte, sei lá. Como não sei, prefiro ficar longe de religiões, mas, ainda sim curto um pouco o espiritualismo, espiritismo e ocultismo, gosto de ler e estudar sobre essas coisas. É algo que sempre achei muito interessante.

Esse livro apareceu para mim de um jeito inusitado, e acredito que a leitura dele me tornou uma pessoa um pouco melhor e me levou à reflexão, apesar de não ser do movimento Hare Krishna, mas acho muito válido os ensinamentos e pensamentos das pessoas dessa filosofia de vida. Enfim, estava lá eu, no centro histórico de POA, com a minha mãe e meu irmão emprestado, quando de repente, um desses homens do movimento nos parou para uma conversa sobre espiritualidade e para nos pedir doações em troca de livros. Acabei doando e pegando dois livros, este, que já li, e outro que está guardado ainda na estante.

Eu lembro que há anos isso aconteceu também, na feira do livro, quando um desses "monges" (veja bem, eu não sei se são monges ou não, apenas que são homens em roupas leves, geralmente em laranja e creme, e que são carecas. Portanto, os chamarei de monges a partir de agora para uma definição mais fácil.) surgiu do nada, falando de meditações e tudo o mais, algo que eu sempre respeitei e pratico — não muito regularmente, admito. Na época, eu não tinha dinheiro, muito menos a minha mãe, só tínhamos dinheiro para a passagem. Então, ela deu pouco dinheiro para ele em troca de um livro da Culinária Vegetariana, e isso foi algo me que fez sentir muito culpada. Parecia que estava tirando proveito do homem, mas, anos depois, essa mesma situação aconteceu novamente, e foi quando dei o dinheiro justamente em troca dos livros, em que acabei me sentindo um pouco livre dessa culpa.

Enfim, falemos sobre o livro Veda: O Agora e o Que Vem Depois. Trata-se de um livro muito bom, cheio de ensinamentos e filosofias para se aprender e aplicar na própria vida, em certos casos. Esses movimentos sempre me inspiram ao vegetarianismo, e futuramente, ao veganismo, porém, admito que ultimamente não estou seguindo o vegetarianismo à risca, pois quero ir à uma nutricionista primeiro. Sempre que começo com a dieta vegetariana eu engordo, acho que é o meu corpo tentando compensar algo ou com excesso de algo, enfim, preciso resolver isso antes de mergulhar de cabeça ao vegetarianismo novamente.

Sendo assim, se você se interessa pelo movimento Hare Krishna, está buscando um incentivo ao vegetarianismo ou veganismo, ou só quer aprender um pouco mais sobre ideias e culturas diferentes mesmo, esse pode ser o livro para você.


Um jeito de recomeçar: Novos sonhos, pesadelos antigos


Essa foi a última resenha que publiquei no meu Instagram, e acredito que não há nada mais para ser falado que eu já não tenha dito antes. Então, se você quer ler a resenha para saber um pouco mais sobre a história, clique aqui.


Demian


Eu li esse livro por recomendação de uma amiga. Ela não parava de falar do quanto havia gostado, o quanto ela achava que Emil Sinclair era gay pelo Demian, e eu, como uma pessoa que ama shippar casais me julguem decidi que em algum momento deveria ler esse livro. Acho que já tinham se passado semanas, talvez meses desde que ela havia me recomendado o livro, mas como sou uma negação para ler livros que estão fora da minha lista do mês, acabei demorando para ler. Na verdade, eu ouvi um audiobook desse livro, de um aplicativo maravilhoso chamado LibriVox. Sério, que aplicativo incrível.

Agora é meu momento de garota propaganda, sim. Esse aplicativo é gratuito, possui audiobooks tanto em inglês quanto em português, quanto em outras línguas. E é feito por projetos voluntários de pessoas que querem democratizar os livros, não é incrível? Eu até pensei em participar de um desses projetos, mas acho que a minha voz é irritante e também não teria tempo com tantas coisas da faculdade... Choremos todos! Mas, se alguém quiser participar desses projetos, visitem o fórum do aplicativo na internet. Nota: são apenas livros que já não possuem mais direitos autorais, ou seja, livros antigos.

Voltemos a falar sobre Demian. É um livro psicológico, até julgaria dizer psicanalítico, talvez? Não sei bem, sou péssima com esses termos. Enfim, a trama acompanha a vida de Emil Sinclair desde que ele é pequeno até o seu desenvolvimento, eu diria que o livro possui até uma pegada de ocultismo nele, tanto pela "religião" ou filosofia que Emil acaba participando, quanto a vários outros acontecimentos ao longo da história, mas também, é algo extremamente psicológico (como o ocultismo em si e suas teses também são).

Agora, por que essa minha amiga (e eu também) achamos que Emil é gay? Bem... Não é muito difícil de constatar o fato, devido a ele dar o nome do livro de Demian, sendo que Demian era um menino que era amigo dele, que ele até sonhou que era torturado por ele e gostou, é sério gente, no sonho ele gostou de ser torturado por Demian. Que kinky. Têm outras cenas ao longo do livro que comprovam mais ainda isso, fora que ele literalmente pinta um quadro de uma menina que estava gostando — heterossexualidade compulsória, é você mesmo? — e depois de pintar o quadro de Beatrice, ele percebe que na verdade havia pintado o rosto de Demian. Eu rachei de rir nessa parte, sério.

Enfim, depois o autor coloca um romance super forçado e para tapar buraco, do Emil com a mãe do Demian! Acho que ele fez isso porque na época romances homossexuais eram muito mais polêmicos do que agora (obviamente). Mas, alerta de spoiler, na última cena do livro, Emil e Demian se beijam (tudo bem que Demian era só uma alucinação na mente de Emil, mas ainda conta como uma cena de beijo, né?).

(imagens reais dos meus últimos neurônios lendo a cena do beijo entre Emil e Demian)

Sejamos Todos Feministas


Esse vai para a coleção de "mais um livro que consegui ler graças a um aplicativo". Esse eu li pelo aplicativo Skeelo, que aliás, é ótimo! Têm vários livros para ler gratuitamente, fora que todo o mês eles atualizam o catálogo com mais um para a lista. Democratização da leitura, é você mesmo? Se vocês querem apoiar a democratização da leitura, baixem esse aplicativo AGORA! (Enfim, eu acabei excluindo porque já estou cheia de leituras e ele estava ocupando muito espaço no meu celular, mas, façam o que eu digo, não façam o que faço...)

Para começar, consegui ler esse livro em apenas um dia, afinal, a leitura é fluida e são poucas páginas, algo simples, porém, extremamente relevante. Chimamanda é uma pessoa que emana uma energia tão boa, sabe? Em tempos que somos bombardeados de notícias péssimas sobre o feminismo, TERF's e outras situações constrangedoras, é um alívio dar de cara com um conteúdo tão descontraído e leve.

Aliás, eu soube de Chimamanda e desse livro, inicialmente, por outra amiga minha. Uma pessoa tão incrível que conheci, que me pediu uma encomenda de um desenho, me sinto honrada de ter feito essa encomenda para ela. Enfim, estávamos conversando e debatendo sobre alguns assuntos, até que o feminismo entrou em nossa linha de raciocínio, foi uma conversa muito interessante. Ela acabou por me enviar duas palestras, assisti a palestra de Chimamanda e adorei ela, adorei seus ideais e seu carisma. Assisti toda a entrevista enquanto lavava a louça (piadistas de plantão iriam rir da ironia). Por fim, concordo com todos os pontos da entrevista.


Semanas depois de ter assistido a entrevista, fui até a casa dos meus avós. Lá, à tarde (na soneca após o almoço) acabei lendo o livro, que é a entrevista adaptada. Eu diria que foi até mais fácil de ler porque já havia assistido o discurso, mas, não vamos nos ater a detalhes, por favor.

Tanto o livro quanto a entrevista, tratam-se da experiência de Chimamanda em um mundo extremamente machista, em seus motivos para ser feminista e nos motivos que todos deveriam ser (dãã, é o nome do livro). Considero essencial, até porque, como já disse, é uma leitura descontraída e leve! E se sentir preguiça de ler ou não tiver tempo, você pode assistir!


Em suma, foram esses os livros que li durante o mês de setembro. Quatro livros, não é muito, mas é trabalho honesto. A experiência que tive com eles foi muito boa também, cada um com uma história diferente para contar, essa é a magia dos livros, certo?

Quais foram os livros que você leu durante o mês de setembro? Quais planeja ler em outubro? Já leu algum desses livros que mencionei? Deixe suas respostas aqui nos comentários!

Nos vemos na próxima, beijinhos de chocolate!



Palavras-chave: Livros, Lidos, Resenha, Literário.

Comentários

  1. AMEI MIGS. Vou procurar os app pra baixar. Vou ver se leio esse último, sejamos todos feministas, achava que ele seria denso e pesado, mas se a leitura é leve... blogger é bom que não há limites, pode escrever a vontade.

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    1. Obrigada miga! <3 Lê sim, o livro é muito bom, realmente!

      Concordo totalmente sobre o blogger ser bom porque não há limites para escrever, que é bem o que eu preciso! Além de né, poder abordar vários assuntos já que é um blog mais pessoal.

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