Desesperança

 Parece-me tão cansativo continuar tentando.
Oh, as agruras de viver em um mundo
Dominado.
Não apenas e somente com minhas felicidades,
Atitudes e sorrisos, mas com tantas obrigações,
O destino selado.

É como se as primeiras luzes da manhã,
Os primeiros raios luminescentes e cantos
De pássaros azuis & vermelhos,
Sejam direcionados à uma tela artificial.

Músicas que antes pertenciam à minha mente,
Agora correm livres por aí.
E o tempo em que eu não me importava com
O relógio a postular, jamais vi.

Se a multidão conseguisse ouvir os gritos
Ensurdecedores e descontrolados de uma
Consciência sufocada,
Pensariam no que estamos nos transformando,
No progresso e sangue jorrando,
Falta de ar e mais nada.

É inútil que as lágrimas por meu rosto
Pútrido escorram, caindo sobre meu ventre.
Ou que meu sorriso, amarelo & triste,
Seja pintado; nos meus versos, adentre.

Talvez nada nunca mude, e, talvez
Eu esteja presa dentro de uma jaula
Cheia de infinitos "talvez".
Para onde foi minha sensatez?
Ela fugiu? O vento a levou?
Eu nem sei mais o que me restou.

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